sábado, 17 de março de 2012

VIDA POLÍTICA

Não é raro ouvirmos dizer que “lugar de estudante é na sala de aula e não na rua, fazendo passeata” ou “estudante estuda, não faz política”. Mas também ouvimos o contrário, quando alguém diz que “os estudantes estão alienados, não se interessam por política”. No primeiro caso, considera-se a política uma atividade própria de certas pessoas encarregadas de fazê-la – os políticos profissionais -, enquanto no segundo caso, considera-se a política um interesse e mesmo uma obrigação de todos. Assim, um primeiro paradoxo da política faz aqui sua aparição: é ela uma atividade específica de alguns profissionais da sociedade ou concerne a todos nós, porque vivemos em sociedade? Afinal o que é política? Política diz respeito a tudo quanto envolva relações de poder ou a tudo quanto envolva organização e administração de grupos? Podemos dar a política três significados:
1. Significado de governo, entendido como direção e administração do poder público, sob a forma do Estado. O senso comum social tende a identificar governo e Estado, mas governo e Estado são diferentes, pois o primeiro diz respeito a programas e projetos que uma parte da sociedade propõe para o todo que a compõe, enquanto o segundo é formado por um conjunto de instituições permanentes que permitem a ação dos governos.
2. Significado de atividade realizada por especialistas – os administradores – e profissionais – os políticos -, pertencentes a certo tipo de organização sociopolítica – os partidos -, que disputam o direito de governar.
3. Significado, derivado do segundo sentido, de conduta duvidosa, não muito confiável, um tanto secreta, cheia de interesses particulares dissimulados e frequentemente contrários aos interesses gerais da sociedade.
Diante de todos os enunciados da Prof.ª Marilena Chauí é possível ainda questionar a necessidade do engajamento do estudante, padre ou policial dentro das discussões na esfera política? Obviamente que não. A questão é: O modo de fazer política em determinados lugares do mundo anda tão deteriorado que aqueles que têm o mínimo de virtude se negam a discutir aquilo que invariavelmente liberta o indivíduo.
Lugar de estudante não é a apatia diante da corrupção e o descaso dos "eleitos”; - pintar a cara, empunhar bandeira e proferir frases orquestradas não é o bastante.
Lugar de estudante é no alto dos píncaros das discussões democráticas e dialógicas para que tenhamos orgulho de um país que possamos reconstruir.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

ÉTICA, MORAL E POLÍTICA




A confusão que acontece entre as palavras Moral e Ética existem há muitos séculos. A própria etimologia destes termos gera confusão, sendo que Ética vem do grego “ethos” que significa modo de ser, e Moral tem sua origem no latim, que vem de “mores”, significando costumes.
Moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em sociedade, tem portanto, caráter obrigatório. Já a ética é a forma como o homem deve se comportar em meio social.
A moral sempre existiu, pois,o homem sempre teve consciência Moral o que leva a  distinguir o bem do mal.
Distinguir o bem do mal é o que se espera de todo individuo sensato, civilizado e politicamente correto.
2012 é ano de eleições quando o eleitor vai às urnas escolher o seu prefeito e o seu vereador. Convenhamos é um momento de responsabilidade cidadã; a Moral (costume) de escolher o candidato deve coincidir com a ética do sujeito escolhido, ou seja, o que se espera desse indivíduo que vai representa-lo na Câmara ou administrar o bem público é compromisso, lisura, responsabilidade, seriedade... tudo que está ligado aos bons costumes  e o bom comportamento social.
Todavia, os momentos que antecedem o dia decisivo são recheados de palavras e palavrões proferidos por alguns candidatos e certos "cabos eleitorais" que tem ligação com o costume (mau costume) mas, nada tem a ver com a ética de um povo civilizado.
Devemos nos lembrar dos gregos clássicos, que elegiam aqueles que melhor falavam e melhor falar é convencer sem agredir nem mesmo aqueles que parece merecer.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Jesus e o Natal

JESUS E O NATAL



Por Edivaldo José da Silva *
Jesus Cristo é para a humanidade (enquanto homem), diferente de todos que já habitaram ou habitarão nesse velho ou novo planeta chamado terra.
Ele nos ensinou que somos iguais enquanto parecermos diferentes; não deixou nada escrito porque sabia que não seria compreendido, mesmo porque ele falava ou fala com gestos simples, compreensível até mesmo para uma criança.
Jesus Cristo ensinou com sua vida e com sua morte. Tolerou os diferentes (prostitutas...); jantou com o samaritano; não revidou o escárnio de Barrarás; perdoou a fraqueza de Pedro; tolerou o ceticismo de Tomé; teve compaixão da incompetência de Pôncio Pilatos e, sobretudo, orou pelo soldado Longino, quando, indiferente ou covardemente furou com uma lança o seu flanco sem direito ou jeito de se defender no alto da cruz.
Jesus, o Cristo ou Messias deu aula de compaixão e misericórdia. Transformou ou tentou transformar a humanidade em humanos.
Hoje, enquanto reles mortais acreditamos que a palavra ‘NATAL’ nos remete ao seu nascimento. Vestimo-nos de papai Noel, embrulhamos presentes para pessoas queridas, matamos aves e fazemos banquete para comemorar (não seria rememorar?) o seu nascimento.
O propósito de CRISTO (na língua grega) ou MESSIAS (na língua hebraica) um dia será compreendido na totalidade. Com renas, com Noel, com embrulhos coloridos ou festas com aves abatidas no banquete. Todavia, acrescentado a todas essas coisas (que já faz parte da nossa cultura), quem sabe uma dose generosa de misericórdia, tolerância, justiça social e perdão?

* O autor é Soldado da Polícia Militar da Bahia, formando em História pela UESC

terça-feira, 10 de maio de 2011

VOCÊ É REALMENTE CRISTÃO?

O discurso bonito convence, mas de fato o que arrasta é o exemplo, seja ele bom ou mau.
As pessoas se arvoram a se intitularem cristã, ser cristã é mesmo que ser anarquista, exige do indivíduo uma iluminação, uma educação, que beira à utopia. Por quê digo isso?
Num Momento de dificil decisão, em frente à pessoas que seguiam uma lei tradicional mosaica Ele disse:"atire a primeira pedra aquele que nunca pecou" com esse gesto Cristo ensinou que devemos ter tolerancia com os diferentes. Aí eu pergunto: É regra um "cristão praricante" daqueles mais fieis respeitar e acolher um homossexual, prostituta ou dependente químico? Se assim não for é melhor rever o conceito do que é ser cristão.
 Na cruz, pregado e sentindo uma dor que podemos chamar de excruciante, sem motivos o soldado Longino lhe desferiu um golpe de lança no seu flanco direito, com um gesto que foge da compreensão humana Ele disse: "Pai, perdoai porque ele não sabe o que faz", fala que enche aquele algóz de remorso e arrependimento.
Agora leitor, se pergunte com muita honestidade, você consegue perdoar e ainda orar por uma pessoa que sem motivos lhe fere?
Se assim não proceder, então vamos reformular esse conceito de ser "cristão" ou realmente nos reeducar e seguir  aquele que ensinou com exemplos e não com discursos bonitos, para que possamos ser dígnos desse título de Cristão.

Nota: Longino, por ter se arrependido foi canonizado pela igreja romana, ele era soldado romano, e é hoje aquele que por ele dão-se três pulinhos pra achar objetos perdidos, comumente é chamado de são Longuinho.

Abraços,
Edivaldo J. da Silva

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A verdadeira face atual da política

Artigo produzido pelo estudante do curso de direito da faculdade de ilhéus
Andrezzo Julio Dantas Nascimento



Tema:  A verdadeira face atual da política


                                                                                                         
Falta de dignidade , compromisso e acima de tudo respeito ao cidadão são alguns dos obstáculos que impedem a formação de uma verdadeira consciência política. Analisando a história não é difícil perceber que a questão política era desde muito cedo , manipulada por aqueles que possuíam o poder , como por exemplo : Quando Dário I , rei da Pérsia , em seus discursos usava o nome de Deus para sustentar seus argumentos políticos . Assim , ficaria sem limites tanto na história como nos dias atuais citar o descaso com a questão política .
Atualmente ,os fatores e recursos utilizados por indivíduos que se dizem políticos , para o alcance do voto , refletem o abandono com a dignidade humana. A venda de votos demonstra a verdadeira face política onde os donos do poder perpetuam-se a longo prazo na sociedade impossibilitando que futuras mudanças possam ocorrer não somente na esfera política mas também no âmbito social e até mesmo econômico. Assim , é necessário instruir e alertar o povo em geral, principalmente nossas crianças e adolescentes , norteando-os através de educação de qualidade em que a verdadeira consciência  política  fosse fruto do discurso reflexivo e dialético instaurado desde a educação básica espelhada , talvez, nos moldes da antiga Grécia , onde tudo começou, que utilizava –se do verdadeiro sentido da palavra democracia.
Portanto, a cada instante torna-se visível a falta de compromisso tanto dos que estão no poder como daqueles que vendem a sua matéria- prima primordial do processo político democrático que é o voto .Com isso, a transformação política de um povo começa pela transformação cultural que se faz através da educação , conhecimento e responsabilidade em nossos atos e ações em que a capacidade de decidir e modificar depende também de cada um de nós .
Na tentativa de contribuir para formação não somente cultural, mas, também moral e humana da nossa sociedade tenho a esperança de presenciar no futuro,  uma juventude onde a família possa estar mais presente resgatando valores humanísticos,    para que possamos conscientes das nossas ações viver na pratica a verdadeira consciência política de uma nação .

sábado, 7 de maio de 2011

HOMENAGEM A TIRADENTES






Ex.ª Senhora prefeita, Drª Sandra Cardoso Marcelino; Exmo. Senhor Vice-prefeito, Sr. Edeiton Santana; Exmo. Senhor Presidente da Câmara de vereadores. Sr. Jaconias Gusmão; Sres. Vereadores presentes; Ilma. Secretária de Educação, Senhora Saionara; Ilmo. Sr. Washington Ildiceu Bastos Ten. Cel. PM Comandante da 63ª Companhia de Policia /Ibicaraí; Ilm.º Senhor Manoilzo Cordeiro das Neves Capitão PM Subcomandante da nossa 63 CIPM; Senhores Oficiais; demais autoridades presentes; senhores Sargentos e Soldados; professores, diretores e estudantes desse município; população presente.
O século XVIII foi fervilhado pelas ideias dos filósofos europeus, tais quais, Immanuel Kant, Pierre Baile, Voltaire, Montesquieu, Diderot, dentre outros que diziam que os seres e as coisas estariam submetidos a certas regularidades e caberia ao homem descobri-las através de sua inteligência. Eram, portanto, os ideais iluministas que singravam os mares e pulverizavam as mentes de homens sonhadores que, mesmo após a revolta dos Beckman, dos Alfaiates, Mascates e Felipe dos Santos, ocorridas nos séculos anteriores que preconizaram os ideais de liberdade, as ideias iluministas fortaleceram o que era inato ao jovem Joaquim José da Silva Xavier, a liberdade, igualdade, fraternidade e mais, ele queria e almejava a equanimidade, justiça...
Tiradentes era filho de uma brasileira, Maria Antônia da Encarnação Xavier e do português Domingos da Silva Santos. Foi tropeiro, alfaiate e Alferes, esse último ofício era patente aos dias de hoje comparado a um segundo tenente, foi nesse ofício que o jovem Tiradentes se destacou; combateu vários combates e era acima de tudo pró-ativo e inteligentíssimo, fez projetos de urbanização e construção de pontes no estado da Guanabara, hoje o Rio de Janeiro, porém, nunca valorizados, ele era simplesmente um alferes, tinha consigo o estigma da profissão. Contudo, ele nunca se abateu e de maneira inteligente confabulou com os intelectuais da época uma maneira de libertar o seu país do julgo português. Confabulação essa que foi a saga de sua história.
Meus senhores, minhas senhoras, assim como Jesus Cristo foi traído por Judas, Tiradentes foi traído por Silvério dos Reis; assim como Cristo que foi condenado sem um julgamento justo, Tiradentes foi esquartejado sem justiça ou piedade; da mesma maneira que pintam Jesus, semelhantemente pintam o retrato desse mártir brasileiro; como Jesus venceu e desmoralizou a morte, Tiradentes, morreu e desmoralizou a tirania enlouquecida da coroa portuguesa.
Dessa maneira as Polícias Militares de todo Brasil o conclamaram em sua memoria a patrono, a representante moral e ideal.
Senhoras e senhores professores aqui presentes, não deixem, jamais, de reverenciar e rememorar os mártires de nossa história em suas salas de aula, pois, as pessoas só morrem quando passam insossas e não se fazem notar; ninguém morre quando deixa um ensinamento, um legado.
Da mesma maneira que Buda, Maomé, Mahatma Gandhi e Jesus Cristo nos legaram o amor e a compreensão, aquele jovem simples e idealista, nos legou aquilo que ainda hoje sonhamos: uma sociedade igualitária, humanitária, longe da iniquidade, próxima ou quem sabe, dentro da justiça social.








segunda-feira, 4 de abril de 2011

O HOMEM QUE PÁRA DE SONHAR

Alexandre, o grande, depois de ter conquistado todas as terras do mundo conhecido à época, em  sua última expedição na  Africa a beira do mar ele chorou copiosamente. Um dos seus generais curiosamente perguntou porque chorava e ele respondeu: Não tenho mais nada pra conquistar, não tenho mais sonhos. Alexandre morreu aos 32 anos e foi um dos maiores conquistadores do mundo antigo, no entanto, sofreu por nao ter mais perspectivas de sonhar.
Se voce acredita e se acomodou com o que ja tem, essa conformidade pode não ser saudável e pode te levar a melancolia.